domingo, 17 de abril de 2011

A gente pensa enquanto caminha... (Parte II)

Enfim um pouco de descanso após tanto andar dentro desse templo de Garl Glittergold, eu estou cansada e faminta e aposto que todos estão. O templo é imenso e cheios de armadilhas e perigos, monstros diferentes de todos que eu já vi. Éctrius disse que o templos de Garl Glittergold são repletos de tesouros, mas ainda não vimos muito dessa generosidade do Deus, claro, também não deixamos de vê-la, eu acabei por receber um grande prêmio, uma flecha especial capaz de matar uma criatura específica sem nem fazer muita força.
Eu estou preocupada com a marcha das tropas, Martin e Éctrius disseram que o dragão ainda estava impedindo o avanço delas e temo pela saúde daquele homem. Ainda não consegui fazer a Illana meu pedido, acho que vou esperar todos dormirem e então chamá-la para conversar, mas e se ela ficar desconfiada de mim? Bom, eu não posso ignorar que gosto dele e independente do que ele represente para todo o resto para mim ele é meu pai, não um pai presente, mas sou sangue dele e tenho que respeitá-lo por isso, mas o que eu quero é só que ele não morra, mas ele pode ser ferido de quantas maneiras ela quiser... mentira... eu não quero isso... Ah! Eloha estúpida! Mas eu gosto de saber que ele se esgueira por entre os caminhos que eu percorro só para ficar de olho em mim e tenho esperanças de que são com boas intenções... Não acredito que estou pensando isso...
A sala do espelho foi difícil, principalmente, porque se fosse o medo mesmo da gente eu estaria em uma enrascada, eu não tenho medo de mim mesma, nem tenho medo da Venedra e nem medo dele, eu tenho medo de Esvath, a minha mãe. Eu poderia enfrentar até um deus maligno dentro daquele espelho que eu não teria tanto medo quanto se eu tivesse enfrentado ela. Por esse lado eu me considero muito azarada, minha mãe é a drow suprema maligna dos reinos do norte e meu pai, drow de Tiamat, maligno, general dos exércitos de Ironfist... tô lascada... o que salva é a Nírnila, ela não é má coisíssima nenhuma, ela pode só não ser boba que nem eu, mas maligna ela não é e eu amo ela por isso! Eu gosto de saber que tenho alguém para chamar de família, já que a única pessoa que eu tinha para chamar de pai morreu naquele ataque de Cobolds na vila do Baltar, o meu mentor era meu pai e cuidava de mim como sua filha e eu, realmente, sofro muito a falta que ele faz...
Quando eu vi Andrei naquela vila abandonada, com fome e sozinho eu me vi nele, e eu jamais deixaria aquele garoto para trás, muitos me viram e me deixaram quando viram que eu era drow, não quiserem nem perguntar porque eu estava sozinha na estrada, simplesmente passavam e sempre tinham aqueles que queriam me matar, vender como escrava, dar pros bixos comerem... Andrei tinha pelo menos uma sorte, é bonitinho e podia ficar em uma vila, vez ou outra, se ele desse sorte alguém esticava um pouco de comida ou ele roubava uma peça ou duas de uma algibeira distraída. Eu tive tanta pena dele, eu quis dar a ele o que levou um tempo para eu encontrar, um lugar para morar e alguém que cuidasse de mim, eu quero cuidar dele, mas não sei como... ele é pequeno e indefeso e eu não tenho um lugar nem para eu chamar de lar, leva-lo de estalagem em estalagem pode ser uma vida difícil para uma criança e eu posso morrer em uma dessas aventuras e deixa-lo mais uma vez ao sabor do destino, mas ao mesmo tempo eu não gostaria de entrega-lo a um templo, mesmo com donativos altos feitos por mim, e um templo de deus bondoso, ele pode entender isso como uma rejeição e se revoltar... ser rejeitado é a pior coisa que alguém pode sentir... acho que já me apeguei a ele... e pedi para descansar só porque os olhinhos dele já estão até vermelhos de sono e acho que pude ouvir uma pequena barriga reclamando de fome. Mas eu tenho que ficar de olho nele, Alfredo morreu de uma forma assustadora e se não tivesse aquela proteção, talvez Andrei tivesse o mesmo destino, vou começar a deixar ele um pouco para trás e certificar que nada maligno possa influenciá-lo ou machuca-lo pelo simples fato dele estar andando colado em nós.
Quanto ao grupo, acho que estamos nos dando bem... Martin e Éctrius já são como dois irmãos para mim e Zorg é uma criatura muito, muito, muito, insana e divertida. Walleria é um amor e eu realmente sinto muito pelo bixinho dela, mas ela é uma druida e vai conseguir outro facinho. Illana também é outro amorzinho e acho que ela tem que perder um pouco a vergonha de usufruir o que é de todos nós, mas de agora em diante eu vou ficar de olho nela e ela não vai mais dormir em celeiros ou estábulos de novo.
Eu não quero ficar mais muito tempo aqui, quero ir logo para Velk encontrar Nírnila, Olanor e o resto do pessoal, espero que eles tenham tão boa sorte quanto nós e que Eilistraee cuide bem dos nossos caminhos.

2 comentários:

  1. Muito bom! Pensamentos legais da Aloha. Falando em pensamentos legais, eu tenho uma coisa a propor para vocês. Quero que escrevam três lendas no blog. Podem usar o que quizer, menos personagens e Npcs. Quando acabarem de escrever as lendas darei um bônus em ON para vocês! \o \o/ o/
    Só para lembrar, coloquem no marcador "Lendas".

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  2. Eloha poderia casar com o Olanor, a Walleria virava madrinha junto com o Martin, olha so o muleke com 4 classes *-*

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