quinta-feira, 28 de abril de 2011

Labirinto de Gelo.


Há muito tempo atrás, a capital do maior território tinha outro nome e se situava em outro lugar, uma cidade grande e próspera, graças a um rei sábio e bom. Amigos de todas as raças, o rei ganhava muitos presentes, muitos com grandes poderes.
Certa vez um ladino lendário invadiu a casa desse rei e tomou quase que todos os tesouros do reino.
Naquela mesma época o inverno foi rigoroso e toda a comida foi consumida, o rei não tinha dinheiro para comprar de outros reinos e os amigos lhe viraram as costas. Ele, muito sábio, e um mago poderoso, construiu uma cidade subterrânea abaixo de seu castelo, casas de muitos tamanhos, tavernas, estábulos novos e cilos, um castelo gigante todo escavado em rocha, polido como o da superfície. Dizem que drows e anões nunca realizaram uma construção tão monumental como aquela. Mas o povo ainda tinha fome e ele teve uma idéia, perto da cidade morava um dragão, prateada era sua couraça e ele muitas vezes conversava com esse rei.
O rei então levou todos para o abrigo quente da cidade subterrânea com o restante das provisões do reino, pegou seu cavalo e foi sozinho até a toca do dragão, pensava ele em matar o dragão e tomar dele o tesouro, dessa forma ele compraria mantimentos e animais para sua cidade. Mas a culpa o remoia, ele que sempre fora um rei bom e sábio e sempre ganhara valiosos conselhos do dragão que agora desejava matar. Subiu chorando até a toca do velho amigo e quando entrou encontrou um homem sentando sobre um trono de ouro, os cabelos prateados lhe caindo o ombro e olhos azuis profundos, era o dragão. Vendo a sua perturbação o dragão indagou o homem:
 - O que te afliges, amigo, que entras na minha casa em prantos.
O homem, muito envergonhado seca as lágrimas e responde:
 - Vim mata-lo, nobre amigo, para levar seu tesouro e salvar meu reino.
O dragão sorriu amigável e após um tempo em silêncio disse:
 - Nobre amigo, não precisas me matar para levar o que queres, mas eu tenho uma condição: Constrói mais abaixo de teus muros o maior labirinto que conseguires pensar, leva meu tesouro e o colocar na maior e mais bem decorada sala, coloca passagens para eu transitar e para utilizar meu dinheiro no teu reino eu vou morar. Mas uma recomendação eu lhe farei, se ousares novamente atentar contra minha vida, eu farei seu reino em pó.
O rei então se prostrou à frente do dragão, agradeceu-lhe de joelhos e partiu para sua cidade envergonhado e contente. Em dois anos construiu o maior labirinto, um ninho imenso para o dragão habitar, sala após sala, um palácio digno de um deus, carregou todo o tesouro para lá e por último foi o dragão. O tesouro era infinito e a cidade subterrânea prosperou junto com a da superfície, ganhou o apelido de “A capital dos dois andares” mas o labirinto ninguém jamais encontrou, o dragão muitas vezes saía de seu ninho e passeava como homem pela cidade e o povo o amava.
O rei então, desposou uma princesa de um outro reino e ela deu a ele um único herdeiro, mas o herdeiro nascera invejado por uma divindade maligna e mal ele se tornou, porém ele desconhecia o dragão.
Quando idade ele alcançou matou seu pai e tomou o seu trono e todo o seu tesouro, declarou guerra aos cidadãos que se rebelaram contra ele e mandou queima-los no centro da praça da cidade subterrânea, encheu os túneis do labirinto de fumaça e o dragão quis saber o que estava acontecendo.
Ele encontrou o filho do seu velho amigo ainda sujo com o sangue do pai, sua mãe chorava no canto amarrada e amedrontada, então o dragão surgiu do meio da fumaça ainda em sua forma de homem:
 - Filho cruel, seu pai me juraste lealdade e bondade, por mim essa cidade está de pé, seu orgulho não ferirá essa gente e sua ganância não tocará meu ouro, ao pó tornarei sua cidade e você e seus comparsas morrerão junto com o que lhe é mais valioso.
O dragão então tomou sua forma imensa e congelou todo o subterrâneo, com a cidade da superfície ele deixou que os inocentes escapassem e destruiu toda a cidade com os escombros e terra ele criou uma montanha onde outrora fora o lugar e partiu para longe.
Não se sabe se existe entrada ou saída, mas se sabe que a cidade subterrânea ainda existe totalmente congelada nas entranhas da montanha mais nevada dessa terra e dizem que o tesouro do dragão ainda jaz no labirinto feito de ninho para ele.

2 comentários:

  1. Mto mto foda mozinha! Gostei mto da lenda,só digo uma coisa, se fu filinhu maligno! ahuahauhauhuahuahuhauhauhau

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  2. Muito show *_* Maninha precisa escrver um livro de lendas uahaahahahaahahu, alias, vcs dois XD

    Esse dragão não era parente da Astrid, se fosse ela, descia o cacete no sujeitinho que disse que iria matar ela, que atrevido! uaahahahahaahahau

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